A Polícia Federal (PF) enviou ao Supremo Tribunal Federal (STF) um relatório que aponta que a rede social X permitiu a monetização de perfis que haviam sido bloqueados por ordem judicial. Segundo a PF, a monetização ocorreu nas contas do jornalista Allan dos Santos, do jornalista Rodrigo Constantino e do empresário Paulo Figueiredo.
De acordo com a PF, ao acessar os perfis, os usuários encontravam informações adicionais que permitiam financiar as contas por meio da assinatura da plataforma, mesmo com a ordem judicial de bloqueio. “Ao invés de apenas ser exibida a mensagem indicando que a conta está retida, os perfis exibem alguns botões e informações que permitem, no Brasil, sem uso de VPN, aos usuários financiarem/apoiarem essas contas por meio da assinatura da plataforma”, afirmou a corporação.
O ministro Alexandre de Moraes, do STF, já havia determinado anteriormente que a PF realizasse um parecer técnico sobre as explicações dadas pelo X após investigados pela Corte terem conseguido acessar perfis bloqueados. As explicações do X, apresentadas em abril, alegavam que a reativação dos perfis ocorreu devido a uma falha técnico-operacional e a uma tentativa intencional dos usuários de burlar as medidas de segurança.
No entanto, a PF constatou que houve reativação dos perfis bloqueados por meio da disponibilização de links para transmissões ao vivo realizadas fora do país e pela utilização da ferramenta “Spaces”, que permite comunicação por áudio. A PF também verificou que o X bloqueou as postagens dos investigados, mas autorizou a transmissão de conteúdo ao vivo em seus canais.
As conclusões da PF foram apresentadas em um inquérito sob relatoria do ministro Alexandre de Moraes
Gazeta Brasil
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