Luis Lacalle Pou afirmou neste domingo, após votar nas eleições presidenciais e parlamentares do Uruguai, que aspira a uma transição “bem ordenada” com o candidato eleito para sucedê-lo no Executivo.
“Vamos estar como no primeiro dia, finalizando nossa tarefa e nossa gestão. É isso que nos comprometemos com os uruguaios e o que pretendemos fazer, ao mesmo tempo em que fazemos uma transição bem ordenada e aberta com quem for eleito, para que o país tenha continuidade”, disse ao deixar o centro de votação no departamento de Canelones.
Ele também valorizou a democracia de seu país, que considerou “muito bonita”, ressaltando que militantes, candidatos e “todo mundo” passam o dia eleitoral em paz, respeitando “a vontade popular”.
“Se a gente lê páginas ou informativos de outros países ou vê pessoas de diferentes partidos repartindo listas, tomando mate, são coisas que me agradam e emocionam muito”, afirmou.
O presidente uruguaio insistiu na “civilização” que existe no Uruguai, afirmando que, independentemente dos resultados, manterá contato com todos os candidatos que participaram dessas eleições.
Nesse contexto, destacou que nos 125 dias que lhe restam de governo será possível fazer uma “análise objetiva” de sua gestão.
“Em 1º de março de 2020, pedi para ser julgado por algumas coisas e, basicamente, pela liberdade dos uruguaios. Expressei quatro ou cinco formas de liberdade, e se, ao final do meu mandato, dentro de 125 dias, os uruguaios estiverem mais livres, teremos cumprido nossa promessa”, apontou.
No entanto, não perdeu a oportunidade de expressar que, apesar de estar satisfeito com o que foi realizado durante seu governo, não se considera plenamente conforme.
“Sempre há coisas a fazer e, além disso, sempre temos que deixar para quem vier algo melhor. Porque as sociedades evoluem quando a espécie melhora (…). O próximo governo tem que ser melhor que este, e o outro, e o outro”, concluiu.
Neste domingo, o Uruguai realiza eleições em que a população escolherá o presidente e os parlamentares para o período de 2025 a 2030. Se nenhum dos onze candidatos superar 50% dos votos, uma segunda volta ocorrerá em 24 de novembro entre os dois mais votados.
Nesta etapa, em que o voto é secreto e obrigatório, conforme estabelece a Constituição Nacional, onze partidos políticos disputarão a presidência.
Os partidos são: Frente Amplo (Yamandú Orsi), Partido Nacional (Álvaro Delgado), Partido Colorado (Andrés Ojeda), Cabildo Abierto (Guido Manini Ríos), Partido Independente (Pablo Mieres) e Partido Ecologista Radical Intransigente (César Vega). Também participarão Identidade Soberana (Gustavo Salle), Assembleia Popular (Walter Martínez), Partido Constitucional Ambientalista (Eduardo Lust), Partido por Mudanças Necessárias (Guillermo Franchi) e Avançar Republicano (Martín Pérez Banchero).
Além disso, os eleitores deverão se pronunciar sobre dois plebiscitos: um que busca reformar o regime de seguridade social e outro que pretende habilitar os mandados de busca noturnos.
(Com informações da EFE)
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