Segundo o ministro da Fazenda, medidas a serem implementadas serão ajustadas para se alinhar ao arcabouço fiscal, que já estabelece um limite de 2,5% para o aumento das despesas O ministro da Fazenda, Fernando Haddad, anunciou que o governo pretende cortar despesas até o final deste ano como parte da reestruturação das contas públicas. A revisão de gastos será feita para garantir a sustentabilidade do arcabouço fiscal, que limita o aumento das despesas a 2,5% ao ano. Segundo Haddad, as medidas têm como objetivo equilibrar o orçamento, promover o crescimento econômico e gerar empregos. No entanto, o ministro não detalhou as possíveis mudanças, como alterações na multa do FGTS e no seguro-desemprego, afirmando que ainda não há um pacote de medidas definido. Apesar do compromisso com o ajuste fiscal, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) reafirmou sua defesa de investimentos em saúde e educação. Durante um evento no Palácio do Planalto, Lula destacou a importância de priorizar os mais pobres, afirmando que o governo deve cuidar dos 81 milhões de brasileiros que ganham até três salários mínimos. Ele criticou a visão de que esses gastos são tratados como despesas, comparando a situação com um empresário que investe para melhorar a condição dos trabalhadores. “Qual é o problema que nós enfrentamos? É um problema que repercute nas manchetes dos jornais, repercute nos editoriais dos jornais, repercute no chamado mercado. Toda vez que a gente está cuidando de fazer política social é tratado como gasto. Não é à toa. Foi uma doutrina de palavras criadas para induzir a gente a determinados erros”, disse o petista. Lula também ressaltou que, para governar um país tão desigual quanto o Brasil, é necessário colocar o bem-estar da população mais vulnerável como prioridade, especialmente em áreas como saúde e educação, que, segundo ele, são vistos pelo mercado como “gastos”. O presidente fez essas declarações pouco antes de se reunir com banqueiros, onde reforçou o compromisso do governo com o equilíbrio fiscal. Após o encontro, o presidente da Federação Brasileira de Bancos (Febraban), Isaac Sidney, afirmou que tanto Lula quanto Haddad têm um “firme compromisso” com a responsabilidade fiscal, mas que ainda há ruídos que precisam ser dissipados. A equipe econômica do governo busca maneiras de reestruturar as despesas sem comprometer o arcabouço fiscal. Da Redação Publicado por Felipe Dantas *Reportagem produzida com auxílio de IA
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